A Visa e Mastercard informaram no sábado (5) que irão suspender todas as suas operações na Rússia, após os ataques realizados contra a Ucrânia desde o dia 24 de fevereiro. Outras empresas também já anunciaram que cortaram investimentos na Rússia.
A Visa informou, através de nota, que cartões desta bandeira no país vão deixar de operar fora da Federação Russa.
A Mastercard, por sua vez, disse que os cartões emitidos por bancos russos não serão mais suportados pela rede. Além disso, qualquer Mastercard emitido fora do país não funcionará em comerciantes ou caixas eletrônicos russos.
O CEO da Visa, Al Kelly, classificou os eventos do conflito armado como “inaceitáveis”.
“Somos compelidos a agir após a invasão não provocada da Ucrânia pela Rússia e os eventos inaceitáveis que testemunhamos”, disse Al Kelly, presidente e CEO da Visa.
“Lamentamos o impacto que isso terá em nossos valiosos colegas e nos clientes, parceiros, comerciantes e titulares de cartões que atendemos na Rússia. Esta guerra e a ameaça contínua à paz e à estabilidade exigem que respondamos de acordo com nossos valores”, completou Kelly.
As transações de clientes e parceiros da Visa serão encerradas nos próximos dias.
Biden concorda com sanções das empresas
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em uma ligação com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, saudou as decisões da Visa e da Mastercard de suspender suas operações na Rússia. As informações foram divulgadas pela Casa Branca no sábado.
“O presidente Biden observou que seu governo está aumentando a segurança, a assistência humanitária e econômica para a Ucrânia e está trabalhando em estreita colaboração com o Congresso para garantir financiamento adicional”, disse o informe da Casa Branca.
‘Cessar-fogo parcial’
A Rússia declarou um “cessar-fogo parcial” de 5 horas, e disse que seu Exército pararia ataques “localizados” neste sábado. Duas regiões seriam beneficiadas inicialmente: Mariupol e Volnovakha, ambas no leste ucraniano.
No entanto, logo em seguida chegou a informação de que a retirada dos habitantes de Mariupol, porto estratégico ucraniano cercado pelas forças russas, foi adiada devido a múltiplas violações russas do cessar-fogo, segundo acusou a prefeitura da cidade neste sábado.
A retirada de civis, que deveria começar antes do meio-dia (horário local), “foi adiada por razões de segurança” porque as forças russas “continuam bombardeando Mariupol e seus arredores”, afirmou a prefeitura no aplicativo Telegram.
Segundo a RIA, agência russa de notícias, civis poderiam deixar Mariupol e suprimentos e medicamentos poderiam chegar à cidade durante esse período de cinco horas.
A Rússia deixou claro que a redução na ofensiva não vale para todo o território ucraniano.
Fonte: G1
Foto: REUTERS/Maxim Zmeyev/Illustration