O paranaense acredita que a violência está mais perto. Sete em cada dez pessoas se sentem menos seguras hoje do que há cinco anos. É o que mostra a consulta realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas em todas as regiões do Estado. E a sensação de perigo iminente é respaldada nas estatísticas que apontam, ano após ano, que todos os índices de criminalidade estão em tendência de alta.
A dona de casa Tereza Lima Babuja viveu o trauma de ser assaltada há cinco anos, mas ainda hoje não se livrou do medo. “Eram uns cinco ou seis homens. Eles colocaram um revólver no ouvido do meu marido, nos prenderam em casa e levaram praticamente tudo. Foi horrível. Passamos o Natal sem praticamente nada em casa”. O assalto ocorreu quando a família ainda morava em Foz do Iguaçu (oeste do Estado). Mas o trauma permanece. “Hoje, o que eu mais tenho medo é assalto.” Moradora da Rua Lindoia, no Jardim Alvorada (zona oeste), há cerca de seis anos, ela define Londrina como uma cidade medianamente violenta. Além de assalto, a dona de casa confessa ter medo de chegar em casa. “O perigo maior está no portão.”