De cara nova, a seleção feminina faz sua estreia na Copa Ouro Feminina da Concacaf, na madrugada desta quinta-feira (22), às 0h15 pelo horário de Brasília. O Brasil enfrenta a seleção de Porto Rico, no Estádio Snapdragon em San Diego, na Califórnia. Na noite desta terça-feira (20), já entraram em campo México e Argentina, que ficaram em um empate sem gols, e os Estados Unidos goleou a República Dominicana por 5 a 0.
Esta é a primeira edição do torneio feminino e a seleção participa da disputa a convite da Concacaf (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe). Além da equipe dirigida por Arthur Elias — que também estreia em competições oficiais no comando da Canarinho —, as equipes da Colômbia, Argentina e Paraguai foram convidadas — são os quatro melhores times da última Copa América (2022).
A Copa Ouro, que serve de preparação para os Jogos Olímpicos em julho e agosto deste ano, abre uma disputa acirrada para vagas em Paris. Isso porque, no torneio atual e assim como manda o regulamento da Copa do Mundo, Arthur Elias convocou 23 jogadoras, enquanto na Olimpíada, ele vai poder escolher apenas 18 atletas (e quatro suplentes), um número bem menor do que o treinador gostaria.
Arthur, inclusive, comentou que tem observado um grupo de cerca de 45 jogadoras e ainda não fechou a lista final dos Jogos Olímpicos. Não por acaso, ele tem rodado o elenco a cada convocação desde que chegou à seleção, em setembro do ano passado, e dado chance até para novatas. “Prova de fogo” para as 23 atletas que estarão na Copa Ouro, com a oportunidade de se firmar ao longo da competição e quem sabe garantir uma vaga na lista de Arthur no torneio olímpico.
Como prova dos “testes” de Arthur Elias, as experientes Marta, Cristiane e Tamires ficaram de fora da Copa Ouro, surpreendendo a torcida brasileira — Bia Zaneratto, inclusive, é quem assume a camisa 10 da seleção. À época, o treinador justificou essa escolha e afirmou ter pensado na “melhor performance das atletas” visando os Jogos em Paris.
“Tiveram muitas ausências de atletas em quem eu confio muito, que eu sei que têm tudo para chegar nos Jogos Olímpicos, mas como elas vão chegar, é nosso dever pensar no melhor planejamento. Estamos em começo de temporada nos EUA e no Brasil, e para algumas atletas é importante que elas façam a pré-temporada no clube, que vai dar uma base importante de treinamento com qualidade. Numa competição desse nível, com jogos a cada três dias, você não consegue ter esse treinamento de qualidade”, explicou, em coletiva de imprensa.
Uma baixa inesperada às vésperas da estreia da seleção na madrugada desta quinta foi a da goleira Lelê, que atua no Corinthians, tricampeão da Supercopa — ela já não jogou com o time na final do último domingo (18). A arqueira do Timão e titular absoluta da amarelinha com Arthur Elias rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho durante um treino e foi cortada. Gabriela Barbieri, do Flamengo, é quem assumiu a vaga no gol.