A saúde uterina exige um acompanhamento regular e, com isso, a realização de exames para verificar a presença de algum agente patógeno ou outras doenças.
Entre os exames que podem ser solicitados está a colposcopia. Trata-se de uma análise da cavidade vaginal e do colo uterino por meio de um colposcópio, instrumento de lente de aumento que permite tal visualização, explica a ginecologista Maria dos Anjos Neves Sampaio, do Alta Diagnósticos.
Para uma melhor investigação, são utilizados também o ácido acético e o iodo. Através da reação de tais substâncias, é permitido observar o colo uterino, assim como sua coloração, sua mucosa e se há algum tipo de alteração — benigna ou não.
“O principal objetivo do exame é notar se existem lesões causadas pelo HPV [papilomavírus humano], e ele se torna complementar ao papanicolau”, afirma Maria dos Anjos. Sua recomendação se dá conforme o critério médico ou a identificação de alguma citologia suspeita.
O exame leva em torno de 20 minutos, e, para sua realização, é importante que a paciente não esteja menstruada; não tenha utilizado cremes vaginais; esteja em abstinência sexual de três dias; e que mulheres no pré-climatério e pós-menopausa tenham hidratado a mucosa.
A ginecologista Natalia Castro, membro da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), afirma que o laudo da colposcopia, sem a realização da biópsia, costuma levar cerca de um dia para a liberação. Já em casos em que a biópsia se faz necessária, os resultados levam de 10 a 15 dias.
Ela alega que a biópsia é realizada quando o médico responsável pelo exame encontra alterações nas regiões da vulva, da vagina e do colo do útero, como um aumento da vascularização local, a presença de lesões verrucosas e alterações de coloração identificadas após a aplicação de iodo e ácido acético.