O jovem brasileiro está antenado ao que vem acontecendo no país. Ele sabe, por exemplo, que 2022 é ano de Eleições Gerais e que o voto é uma grande oportunidade para exercer a cidadania, ajudando a decidir os rumos do país. Por isso, atendendo ao chamado da Justiça Eleitoral, até o dia 21 de março deste ano, 854.685 jovens de 15 a 18 anos já haviam solicitado a emissão do primeiro título de eleitor.
Esse número corresponde a quase dois terços do total de jovens que se alistaram para votar nas Eleições Municipais de 2020 e sinaliza uma quebra na tendência de queda nos números de eleitores nessa faixa etária que vinha se registrando na última década. Vale lembrar que o prazo para se alistar se encerra no dia 4 de maio.
O aumento no número de jovens que procuraram a Justiça Eleitoral para tirar o título é resultado da campanha da Semana do Jovem Eleitor de 2022, que terminou no dia 18 de março, e do apoio de artistas, de influenciadores digitais, de diversas personalidades, de instituições públicas e privadas e da mídia.
Para se ter uma ideia das dimensões do movimento de conscientização dos jovens eleitores, o tuitaço organizado pelo perfil no Twitter do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 16 de março contou com a adesão de milhares de usuárias e usuários das redes sociais e atingiu mais de 88 milhões de pessoas num único dia.
Confira tabela com o total de alistamentos de jovens de 15 a 18 anos desde 2012.
Vontade de ter voz e ser ouvida
A brasiliense Maria Isabel Alves Andrade tem só 15 anos, mas completará 16 no dia 8 de abril – portanto, antes do dia 2 de outubro –, e poderá votar. Por isso, garantiu o quanto antes o título eleitoral. Ela conta que o que mais a incentiva a ir votar é a vontade de ter voz nos rumos da política brasileira. “Tirando meu título, terei a oportunidade de escolher um candidato com ideologias políticas parecidas com as minhas”, explica. Segundo Maria Isabel, a maioria dos seus amigos também vai se alistar para votar este ano.
O debate dos jovens nas redes sociais, principalmente no Twitter, foi o que despertou o interesse pela política na jovem Maria Eduarda Tavares de Carvalho, 19 anos. Para ela o voto já é obrigatório, mas não foi essa a principal motivação para que ela se alistasse. Segundo Maria Eduarda, os jovens têm a obrigação de ajudar a pôr em prática aquilo que acreditam e pregam nas redes sociais. “Acho que a nossa geração gosta de militar muito na internet, mas pouco faz de verdade. E tirar o título é a minha forma de fazer algo”, pondera.
Fonte: Tribunal Superior Eleitoral (TSE)