A OMS (Organização Mundial da Saúde) pediu, nesta quarta-feira (19), aos governos dos países do continente americano “que estejam extremamente alertas e preparados” para intensificar as ações destinadas a controlar a propagação da dengue, já que se prevê “um aumento de casos no segundo semestre de 2023”.
A organização recomendou, como uma medida de precaução geral, o uso de repelente para evitar a picada do mosquito transmissor do vírus, lembrando que o maior risco é durante o dia e no início da noite.
O número de infectados desde o início do ano ultrapassou a barreira dos 3 milhões no continente (casos notificados até 1º de julho), quantidade que supera a de todo o ano de 2022 (2,8 milhões de casos) e que se aproxima do recorde de 3,1 milhões, registrado em 2019.
Brasil, Peru e Bolívia são, nessa ordem, os países com mais casos em geral, mas, se considerados os casos graves de dengue — que podem levar à morte —, a Colômbia está em terceiro lugar.
De acordo com um relatório epidemiológico publicado nesta quarta-feira pela OMS em Genebra, entre 12 de junho e 1º de julho foi observada uma diminuição de casos nas sub-regiões do Cone Sul e nos países andinos, o que é atribuído à aplicação de medidas de prevenção, controle e mudança de temperatura e clima.
No entanto, a OMS sustentou que se sabe haver um atraso na notificação de casos dos países da América Central e do Caribe.
Do total de ocorrências de dengue notificadas nas Américas, 45% correspondem a casos confirmados laboratorialmente, e 0,13% foram classificadas como dengue grave.
Desde o início de 2023, houve 1.302 mortes por essa doença infecciosa nas Américas, o que reflete uma taxa de mortalidade de 0,04%.
A OMS disse que os países devem concentrar seus esforços de prevenção de mortes na detecção precoce de casos, no diagnóstico e no controle do vírus, o que requer treinamento de pessoal de saúde para que possam ser identificados rapidamente os casos e as possíveis complicações.
Fonte: https://noticias.r7.com/saude/oms-diz-que-casos-de-dengue-no-continente-americano-podem-aumentar-no-segundo-semestre-19072023