Depois de ser uma das protagonistas na corrida da vacina contra a Covid-19, a empresa biotecnológica Moderna deverá desenvolver novas vacinas. Entretanto, os novos imunizantes, além de oferecer proteção contra o SARS-Cov V-2, também deverão combater a influenza e vírus sincicial respiratório (VSR). Entenda mais sobre o estudo.
Proteção contra as doenças respiratórias
O novo projeto da Moderna tem o objetivo de ser mais amplo no quesito proteção contra as doenças respiratórias. Segundo o anúncio da empresa, percebeu-se que existe uma tendência de envelhecimento nos Estados Unidos, e essa população é mais frágil a essas doenças. Então, qualquer uma das doenças respiratórias, mesmo a gripe comum, pode desencadear uma crise de saúde pública.
Para evitar essa situação, a Moderna pretende lançar uma nova vacina que funcionará como uma espécie de três em um. Ou seja, ao mesmo tempo em que oferece a proteção contra a Covid-19, o imunizante também irá agir contra a influenza e VSR. Semelhantemente ao esquema vacinal que experimentou-se em tempos pandêmicos, essa nova imunização também iria exigir dose de reforço. Até então, discute-se a necessidade de apenas uma dose de reforço um ano após a primeira.
Vacina contra o resfriado comum
Além da vacina combinatória, a Moderna também já iniciou os trabalhos para o combate do resfriado comum. Para isso, o imunizante proposto deve combater os quatro coronavírus humanos endêmicos, que são o HCoV229E, HCoVNL63, HCoV-OC43 e o HCoV-HKU1. Segundo os estudos, a proteção contra esses vírus seria o suficiente para bloquear algumas das causas do resfriado comum, porém não todos.
Na verdade, os quatro coronavírus endêmicos que mencionamos correspondem a um a cada dez casos de resfriado comum, ou um a cada três infecções respiratórias. Essa informação foi dada por Mark Cameron, que é professor associado do departamento de população e saúde da Case Western Reserve University School of Medicine. Cameron também alerta sobre a necessidade de aproveitar o desenvolvimento científico de vacinas durante a pandemia da Covid-19 para seguir na trilha de fabricação de imunizantes.
Texto: Escola Educação