O verão ainda nem chegou ao Hemisfério Sul, mas as ondas de calor já estão intensas no Brasil, especialmente em 13 estados e o Distrito Federal, que receberam um alerta vermelho (grande perigo) do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
Isso significa que a situação do país, especialmente nessas regiões, é preocupante. A cidade de São Paulo, por exemplo, chegou a 38ºC na última segunda-feira (13) e bateu um recorde que já durava 80 anos — desde 1943. Já o Rio de Janeiro, mais especificamente no bairro Guaratiba, atingiu sensação térmica 52,7ºC
Como o calor intenso já é uma certeza, qual a melhor forma de sobreviver aos próximos dias? O que fazer e o que evitar nesse período?
O R7 separou sete dicas que você deve seguir:
1. Hidratação
Parece óbvio, mas manter a hidratação é ainda mais essencial nos dias mais quentes. É preciso ingerir água regularmente e estar atento aos sinais de desidratação, como boca seca, dores de cabeça e sonolência.
“No calor perdemos mais líquido, então precisamos manter uma hidratação adequada”, explica Thiago Piccirillo, clínico geral da rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.
Thiago ainda complementa que, em dias normais, a média de ingestão diária de água deve ser de oito a dez copos. Em períodos de calor intenso ou em exercícios físicos, essa quantidade salta para de 150 a 250 ml a cada 15 ou 20 minutos.
2. Evitar exposição
Mesmo que a prática de exercícios ou uma simples caminhada ao ar livre sejam benéficas para a saúde, no calor extremo, a melhor escolha é evitar essas práticas nos horários mais quentes do dia — entre 11h e 16h, principalmente 12h.
Piccirillo é direto quanto à exposição prolongada: “Ficar embaixo do sol, nem pensar”. Por isso, ele aconselha que haja uma readequação de horário e uma redução em atividades físicas extremas (mais extenuantes), porque podem levar a hipotensão, mal-estar, tontura e até desmaio.
3. Roupas claras
Uma maneira de tentar driblar as altas temperaturas é escolher roupas mais leves e claras, em vez das pretas. As peças escuras retêm mais calor, o que é ruim para os dias quentes.
4. Ventilação
A pandemia de Covid ensinou uma lição a todos quanto à importância de manter os locais ventilados, e com as altas temperaturas não é diferente. É melhor ficar em ambientes com circulação de ar, para dissipar o calor. Então abra as janelas ou ligue o ventilador ou o ar-condicionado.
5. Protetor solar
É fundamental passar o protetor solar, para evitar complicações na pele. Também é recomendado o uso de boné, chapéu ou guarda-sol para aumentar a proteção.
6. Evite alimentos pesados e gordurosos
A melhor opção para os dias de calor extremo também é a alimentação mais leve. Evite alimentos pesados e gordurosos e opte por verduras, legumes e, principalmente, frutas ricas em água, como melancia e laranja.
“No sábado, se estiver muito calor, dê uma maneirada na feijoada, pois pode causar problema”, brinca Piccirillo.
7. Atenção
A atenção é fundamental durante todo esse período de alerta. É essencial ficar atento às pessoas que já têm condições como diabetes, às crianças e aos idosos. Esses grupos são mais sensíveis e podem ficar desidratados.
Os idosos, em específico, têm uma absorção de água menos eficaz e podem tomar medicamentos, especialmente diuréticos, que induzem a urina e, consequentemente, maior perda de líquido.
A médica pós-graduada em nutrologia Patrícia Santiago afirma que os grupos vulneráveis podem ficar mais sujeitos aos riscos de morte, devido a hipertermiainsolação, falta de resfriamento, agravamento de condições médicas preexistentes e efeitos acumulativos.
Nesse mesmo sentido, é crucial seguir todas as atualizações do Inmet. “Fique atento às notícias do pessoal da meteorologia, às previsões dos dias mais quentes, para se preparar e se proteger”, afirma Piccirillo.
Fonte: https://noticias.r7.com/saude/fotos/manual-de-sobrevivencia-veja-o-que-fazer-e-o-que-evitar-nessa-onda-de-calor-extremo-13112023#/foto/11