O resumo é simples.
A força de Flamengo, Corinthians, Palmeiras e São Paulo, junto com as tevês que transmitem o Brasileiro, é maior do que o apelo dos clubes da Liga Forte, reforçados do Atlético Mineiro e Grêmio, que desejam a paralisação imediata, por conta da tragédia que assola o Rio Grande do Sul.
Pressionado pelo ofício enviado pelos clubes que formam a Liga Forte União, ontem à noite, exigindo a paralisação do campeonato nacional, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, foi obrigado a se posicionar.
Da Tailândia, onde está em um congresso da Fifa, ele mandou avisar que recebeu o ofício, mas qualquer decisão só no dia 27, daqui a 13 dias.
O dirigente da CBF avisou que não é ‘fácil’ parar o Brasileiro. E que inúmeras pessoas de outros estados seriam prejudicadas.
Ednaldo tem três fortes argumentos para seguir com a competição.
O primeiro é o calendário, já ‘encavalado’ com a Copa América, além do Brasileiro, Libertadores, Copa Sul-Americana, Copa do Brasil.
O segundo é que a Conmebol só poupou os clubes gaúchos, suas competições continuam normalmente.
O terceiro está na fortíssima pressão das redes de televisão, para que o Brasileiro siga, por conta de seus compromissos comerciais bilionários.
Há multa altíssima se o contrato de transmissão for rompido.
E a CBF interromper o Brasileiro por conta de problemas ambientais em um só estado.
É frio, insensível, diante da enorme tragédia do Rio Grande do Sul, mas vale o que está no contrato de transmissão.
Palmeiras e Flamengo, rivais pelos títulos mais importantes da América, se aproximaram diante da ameaça de paralisação.
E combinaram se posicionar publicamente contrários, o que fizeram no último final de semana.
Corinthians e São Paulo vão pelo mesmo caminho.
Não aceitam o Brasileiro paralisado.
Ednaldo garante que a CBF não irá ceder à pressão popular.
Por mais que, infelizmente, as chuvas tenham voltado ao Rio Grande do Sul.
Não quer parar o Brasileiro de jeito algum.
E muito menos garantir o direito de permanência na Série A a Internacional, Grêmio e Juventude, como também está sendo aventado.
As regras seguem valendo, de acordo com o dirigente.
Como foi combinado no Conselho Técnico, entre todos os clubes.
Quando ninguém imaginava a tragédia que estava por vir…
Fonte: https://esportes.r7.com/prisma/cosme-rimoli/palmeiras-flamengo-corinthians-e-sao-paulo-os-clubes-que-nao-aceitam-parar-o-brasileiro-como-as-14052024/