Murilo Hidalgo Lopes de Oliveira trabalha com pesquisas de opinião pública há mais de duas décadas, mas não tem receio de confessar que nunca viu um quadro tão instável e nebuloso quando o instalado após a onda de manifestações populares que varreu o País a partir de junho. Para ele, o “estopim” da crise foi a vaia levada pela presidente Dilma Rousseff na abertura da Copa das Confederações. Agora os efeitos de todo esse processo nas eleições do ano que vem, segundo o diretor da Paraná Pesquisas, são uma incógnita, e vão depender essencialmente de se os protestos vão voltar a acontecer com a dimensão que tiveram no início, ou não.