A quantidade certa de repouso que o corpo precisa muda de acordo com a faixa etária e características pessoais. Um bebê recém-nascido, por exemplo, dorme de 14 a 18 horas para garantir um crescimento e desenvolvimento cognitivo adequados. Adultos, por outro lado, necessitam entre sete a oito horas, em média.
Para entender melhor quantas horas de sono devemos ter em cada fase da vida, algumas entidades especializadas em Medicina do Sono elaboraram uma cartilha. Com base em evidências científicas, as orientações levam em consideração a necessidade mínima de repouso para cada faixa etária, mas podem variar de acordo com os limites de cada corpo. Afinal, cada indivíduo é único, reforçam os especialistas.
No caso da Associação Brasileira do Sono, a recomendação da Cartilha da Semana do Sono 2020 (que segue as diretrizes da National Sleep Foundation, além de ser semelhante às orientações da Academia norte-americana de Pediatria) é a seguinte:
-Recém-nascido (0 a 3 meses): 14 a 18 horas por dia, em média (sendo aceitável entre 11 e 19 horas);
-Bebê (4 a 11 meses): 12 a 15 horas por dia (sendo aceitável entre 10 e 18 horas);
-Um a dois anos: 11 a 14 horas por dia (sendo aceitável entre 9 e 16 horas);
-Três a cinco anos: 10 a 13 horas (sendo aceitável entre 8 e 14 horas);
-Seis a 13 anos: 9 a 11 horas (sendo aceitável ente 7 a 12 horas);
-14 a 17 anos: 8 a 10 horas (sendo aceitável entre 7 e 11 horas);
-18 a 25 anos: 7 a 9 horas (sendo aceitável entre 6 e 11 horas);
-26 a 64 anos: 7 a 9 horas (sendo aceitável entre 6 e 10 horas);
-65 anos ou mais: 7 a 8 horas (sendo aceitável entre 5 e 9 horas).
Ajuda médica
De acordo com Rosana Cardoso Alves, médica neurologista e membro da Associação Brasileira do Sono (ABS), a privação de sono — também chamada de sono insuficiente — significa que a pessoa está dormindo menos do que deveria. “Com o passar dos dias, ela vai apresentando sintomas como sonolência excessiva durante o dia, alterações de comportamento, sensação de cansaço e fadiga”, alerta. Isso tem impacto negativo no dia a dia do indivíduo, que também pode manifestar outros sinais:
–Irritação;
–Alterações de humor;
–Dificuldade de concentração e de manter a atenção;
–Problemas de memória;
–Risco aumentado para doenças cardiovasculares e transtorno psiquiátricos (como ansiedade e depressão).
A especialista afirma que, diante de alguns desses sintomas, é importante buscar ajuda médica especializada para entender quais as causas e evitar a automedicação. Além de não resolver, o uso de remédios sem orientação médica pode agravar o quadro.
Fonte: Uol