Portanto, avaliação de governo no Brasil importa, e muito, para as análises de viabilidade eleitoral. Vejamos o caso de Curitiba, onde o atual prefeito, Luciano Ducci (PSB), é pré-candidato à reeleição. Desde abril de 2010, quando assumiu o cargo após renúncia do então prefeito Beto Richa (PSDB), a administração Ducci vem sendo monitorada por surveys do Instituto Paraná Pesquisas, sob encomenda do jornal Gazeta do Povo. Nesse período, foram realizadas quatro rodadas de pesquisas. Uma em março de 2010, quando o prefeito ainda era Beto Richa, depois em abril e dezembro de 2010 e em abril de 2011. Os resultados mostram uma tendência de queda na avaliação positiva do governo Ducci nas últimas medições. Em abril de 2010 a administração recebeu aprovação de 71,4% dos eleitores que se manifestaram e foi reprovada por 17,7%, segundo dados publicados pela Gazeta do Povo. Em dezembro de 2010 a avaliação positiva havia subido para 75,8% e a negativa passando a 21,9%. Já na mais recente enquete, em abril de 2011, a avaliação positiva caiu para 69,2% e a negativa chegou a 26,1%. Como se pode perceber, ao longo do tempo a avaliação negativa, que é quem desaprova o governo, tem aumento mais do que os percentuais de queda da positiva. Isso se deve ao fato de as avaliações regulares também estarem caindo e se transferindo para negativa. Até aqui, temos então um aumento da rejeição à administração de Ducci, mas isso se deve mais à transferência dos que se posicionavam no meio termo (regular) do que uma “fuga em massa” dos eleitores que gostam do governo.